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O HOMEM FONTE DE MORAL OBJECTIVA 131 Bispo de Lille, na França: «Expor a vida à destruição, numa guerra total, seria um crime contra Deus e contra a humanidade,> 826 • Na mesma sessão, o Cardeal P. Richard, Arcebispo de Bordeaux, na França, referiu-se à vida, como razão fundamental e motivo moral para se defender a paz 827 • Para além da sua defesa, a vida leva ainda consigo, dentro da Constituição Pastoral, outros deveres morais. Um deles é a obrigação de lhe serem proporcionados os meios necessários para ela ser conduzida dignamente. Por isso, diz-se, há o dever de: «Ter em conta, antes de mais nada, a vida e os meios necessários para a levar dignamente, não imitando aquele homem rico que não fez caso algum do pobre Lázaro» 828 • Salientavam também este dever as duas redacções precedentes 829 • Este dever, com base na vida, aparece muito mais concreti– zado noutra passagem do texto conciliar: «É necessário, portanto, tornar acessíveis ao homem todas as coisas necessárias para levar uma vida verdadeiramente humana: alimento, vestuário, casa, direito de escolher livremente o estado de vida e de constituir família, direito à educação, ao trabalho, à boa fama, ao respeito, à conveniente informação, direito de agir segundo as normas da própria consciência, direito à protecção da sua vida privada e à justa liberdade, mesmo em matéria religiosa» 830 • Esta série de deveres morais, a partir da vida humana, encon– trava-se também nas duas redacções que precederam o texto defi– nitivo. A única diferença está apenas cm que, de uma para a outra, foi aumentando a lista destas obrigações que a vida leva consigo 831 • Ainda nesta última redacção, que estamos a analisar, foram acres– centados os deveres de respeitar o direito de escolher livremente o próprio estado de vida, de constituir família, do trabalho e da liberdade religiosa 832 • 826 Acta IV, III, p. 509. 821 Ibidem, p. 309. 828 G. s., 11. 27. 829 Co11stit11tio pastora/is, pars I, cap. II, n. 27, Acta IV, I, p. 453; SJ,ema co11stit11tio11is, pars I, cap. II, n. 27, Acta IV, VI, p. 448. 830 G. S., n. 26. 831 Co11S/Ít11tio pastora/is, pars I, cap. II, n. 24, Acta IV, I, p. 452; Scl,ema co11stit11tio11is pars I, cap. II, n. 26, Acta IV, VI, p. 448. 832 Schema co11stit11tio11is, expwsio modorwn, ad. num. 26, Acta IV, VII, p. 412.
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