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124 ANTÓNIO MONTEIRO a pessoa e, por conseguinte, pode conferir especial dignidade às mani– festações do corpo e do espírito, enobrecendo-as como elementos e sinais peculiares do amor conjugal» 7 62 • Com qualquer modificação, o amor encontra-se também, em idêntica perspectiva, nas duas redacções precedentes 763 • Na lógica desta visão do amor conjugal, diz-se, de modo expresso, que é ele quem dá dignidade e honestidade ao acto conjugal dentro do matrimónio: «O amor tem a sua expressão e realização peculiar no acto próprio do matrimónio. São, por isso, honestos e dignos os actos pelos quais os esposos se unem, em intimidade e pureza~ 764 • Encontramos a mesma afirmação na segunda e na terceira redacção 765 • Do amor parte igualmente o contexto moral no qual se deve harmonizar a intimidade conjugal e a transmissão responsável da vida. Diz-se expressamente que os esposos: «Devem determinar-se por critérios objectivos tomados da natu– reza da pessoa e dos sc:us actos, critérios que respeitem, num contexto de autêntico amor, o sentido da mútua doação e da procriação huma– na» 766. O critério do amor, na solução deste grave problema moral, esteve sempre presente em todas as redacções do texto. A primdra dizia expressamente que os esposos deveriam seguir a «norma do verdadeiro amor» 767 • O segundo texto lembrava que era seu dever «seguir a indicação do verdadeiro amor» 768 • Foi a terceira redacção que passou a falar da necessidade do «contexto de autêntico amor» 769 • Muda a maneira de falar, mas o princípio é sempre o mesmo. O amor é norma absolutamente indicativa para os esposos. De resto, sabemos que esse foi o pensamento expresso pelos Padres 762 G. S., n. 49. 763 Constitutio pastora/is, pars II, cap. I, n. 62, Acta IV, I, p. 479; Scl1e111a constit11tio11is, pars II, cap. I, n. 53, Acta IV, VI, p. 476. 764 G. S., n. 49. 765 Constitutio pastora/is, pars II, cap. I, n. 62, Acta IV, I, p. 479; Sclzema constitu tionis, pars II, cap. I, n. 53, Acta IV, VI, p. 476. 766 G. S., n. 51. 7 67 Se/tema De Ecc/esia, cap. IV, n. 21, Acta III, V, p. 132. 7 6 8 Constitutio pastoralis,pars II, cap. I. n. 63, Acra III, IV, I, p. 481. 769 Schema constitutionis, pars II, cap. I, n. 55, Acta IV, VI, p. 478.
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