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O HO:MEM FONTE DE MORAL OBJECTIVA 109 v1sao de mercado, a simples objecto de comércio, nem podem ser confundidas com o que possm.m ou com o que os outros querem que elas sejam 643 • Também a nível de trabalho e de actividade, o texto propõe o homem como norma moral: •A actividade humana, do mesmo modo que procede do homem, assim para ele se 01dena» 64 4 • É uma doutrina que encontrámos, igualmente, já nos esquemas pré-concilian.s 645 • Passou depois, em termos idênticos, para as gran– des redacções do texto conciliar 646 • Os Padres a afirmaram também. Dizia, entre outros, o Bispo Titular de Ptolemaida: «Por causa do trabalho, o homem não pode nunca ficar menos homem>> 647 • Com tal norma, o Concílio separou-se ecssencialmente da doutrina mar– xista. Para Ma1x, o trabalho e as suas leis são quem deve orientar o homem e não o homem o trabalho. Ele mesmo não passaria da soma das suas forças produtivas 648 • Está sempre cm dependência das condições do seu trabalho 649 • Separou-se, igualmente, do conceito capitalista do trabalho, situado numa pcrspectiva que aliena o homem de si mesmo, aspecto aliás muito justamente denunciado por K. Marx 650 • No campo da 1110ml econámica, o homem é também apresentado como critério. É por ele que se deve regular moralmente o sistema da produção. Da produção se diz, com efeito, que tem como finalidade: •Não o mero aumento dos produtos, nem o lucro ou poderio, mas o serviço do homem, do homem integral, isto é, tendo em. conta a ordem das suas necessidades materiais e as exigências da sua vida inte– lectual, moral, espiritual e religiosa, de qualquer homem ou grupo de homens•> 651 • Assim falavam já todos os textos que teve a Constituição Pas– toral, ao longo da sua elaboração. Houve apenas uma ou outra 643 M. PERETTI, Marxismo psicomrnlisi e perso11alis1110 cristia110, Brescia 1978, p. 72. 644 G. S., n. 35. 645 De ordi11e sociali, cap. III, n. 19, Acta et Dowmenta, p. 260. 646 Co11stit11tio pastora/is, pars I, cap. III, n. 42, Acta IV, I, p. 463; Schema co11stit11ti,mis, pars I, cap. III, n. 35, Acta IV, VI, p. 457. 647 Acta III, VII, p. 65. 648 K. MARX, II capita/e, vol. 1, (Trad. italiana), Roma 1964, p. 34. 649 K. MARX-F. ENGELS, L'ideologia tedesca, (Trad. italiana), Roma 1967, p. 9. 65 ° K. MARX, Afo11oscritti, pp. 74-75. 651 G. S., n. 64.

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