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86 A MENSAGEM DA BíBLIA Estes linos são chamados Deutarocanónicos a partir de Sixto de Sena (1566), porque houve algumas vaci– lações na tradição para os reconhet·er como inspirados. Os que sempre foram considerados como inspirados, são chamados prnto 1 c;anóniicos. Contudo. do ponto de vista da inspiração e do seu valor normaüvo, tanto os protocanó– nicos como os deuterocanónicos estilo no Hl('smo plano, depois da definição do Concílio de Trento. Na prática. os protestantes editam as suas bíblias com o mesmo número de liYros que os católicos. e) Livros apócrifos. - São escritos de autores des– conhecidos, de argumento ou título similares aos da Bí– blia, mas nunca admitidos no cânone da Igreja. Ao lado dos Livros Sagrados, inspirados por Deus, floresceu uma abundantíssima literatura que desensol-da os mesmos temas, com o fim de preencher certas lacunas dos li-vros autênticos ou com fins parPnétieos e morais. Para que as suas deserições e fieçÕPs tivessem au– toridade, os autores ocultavam a sua personalidade sob o nome de algum personagem famoso : um profeta, um apóstolo ou um santo. A fim de impressionarem o espí– rito dos leitores, fazem gala de revelaçõrs extraordinárias e atribuem-se a inspiração divina e o conhecimento de factos e tradições ainda não divulgadas. Um exemplo: Como o livro canónico dos Actos dos Apóstolos não fala mais !!IUe de S. Pedro e S. Paulo, os livros apóorifos su– priram o silêncio de S. Lucas sobre a pregação e a acti– vidade dos outros apóstolos. Logo desde o princípio, as autoridades da Igreja puseram os fiéis de prevenção, para não se deixarem alu– cinar pelas descrições detalhadas e até a.lgumas vezes ri– dículas destes livros, muitos deles de origem abertamente herética. Apesar disso, tiveram grande ressonância na pie– dade popular, nas manifestações literárias e artísticas; a poesia e as artes plásticas frequentemente se alimen– taram de motivos tomados dos livros apócrifos,

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