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A LFJITURA DA BíBLIA 53 mente pelas suas luzes naturais e ilusões do seu próprio espírito. Recomendações de alguns Papas Era evidente que as Sagradas Letras não se podiam deixar nas mãos de uma multidão indocumentada, para que caprichosamente fizesse delas mangas e capuzes. Foi por isso que vários Papas - Inocêncio III (lrnS-1216), Pio IV (1559-1565) e Clemente VIII (1592-1605) , se viram obrigados a tomar preeauções, não com o fim de proibir mas apenas de limitar a leitura da Bíblia entre os firis. l\Iais tarde, com o enfraquecimento do Protestan– tismo, estas m('didas foram-se suavizando, e por toda a parte comcr:aram a aparecer versões da Bíblia em língua vernáeula sob a direeção e aprovação dos Bispos. «A Igreja, depositária da palavra de Deus, nunca temeu expor o kxto verdadeiro à contemplação do género h urnano; não o ocultou sob o véu de uma língua hie– rática, como o mistério do santuário, e... permitiu a todos os cristãos apropriar-se dele para urna interpretação popular. RespPitou as font<'s prirnitfras, criando uma traduç1to privilegiada (a Vulgata), cuidou da cxaetidão das nm,ões d<' segunda ordem... e assim... deu à pala– \Ta de Deus uma <lifusão que abrange todo o universo» (Lacordaire, no lino «Cartas a um jovem»). Num tempo em que até nos meios eatólicos se dis– cutiam a8 Y;mtagPns da leitura da Bíblia, o Papa Pio VI (1775-179!)), escrPYia ao .Arwbispo Ant. l\fartini, editor de urna Bíblia cm língua italana: «Fazeis bem, aconse– lhando os fiéis à leitura dos Livros Santos, porque eles são fontPs particularmente ricas, às quais todos devem reeorrer». Os Papas R. Pio X, Bento XV e Pio XII têm ülênticas passagens. Bento XV Bento XV, na Eneícliea «Spiritus Paraclitus» de 15 de Setembro de 1920, por ocasião do XV centenário da

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