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5Ó A MENSAGEM DA BíBLIA vras dos Profetas, elos Salmos, elos LiYros Sapienciais, dos EYangelhos. Os liYros históricos do Antigo 'restamento têm a sua raiz em tradições populares, que nos foram trans– mitidas fielmente, escrupulosamente, de geração em gera– ção. Os profetas de Israel, seus poetas e seus sábios não escreveram ao modo das gentes cultas. Ao contrário, esta– Yam imbuídos da vida do seu povo, onde procuravam exercer uma influência moral e religiosa; por isso os seus escritos brotam do mais recôndito da alma popu– lar. É esta uma das razões essenciais dessa força irresis– tível que ainda hoje arrebata o eoração de todo O' homem sem cultura. Os problemas dos escritos sagrados são os mesmos que preocupam os seus vizinhos e contemporâ– neos; esforçam-se por eneontrar uma solução satisfatória com palaYras límpidas e simples, rodeadas do colorido matizado da imagem caseira e oportuna. As árYores, os pássaros, os rios, os campos, os costumes dos cidadãos, tudo ser-ve para a exposição de uma ideia transcendente. Veja-se com que simplicidade o Profeta Amós, pas– tor e descascador de sicômoros, anuncia a ruína de Is– rael : «Isto me foz i:er o Senhor Deus : um eestinho de fruta já madura; e depois disse-me: que é o que vês, Amós? Eu respondi: um cestinho de fruta madura. O Senhor disse-me: já está madura a sorte do meu povo de Israel, já não lhe perdoarei mais tempo. Naquele dia uiYarão os artesoados dos seus palácios. Serão muitos os seus cadáYeres, e serão silenciosamente atirados para qualquer lugar». O carácter popular da Bíblia torna-se mais notório nas narrações do NoYo Testamento. Jesus, como Sócrates, não E'screYeu nada; mas o que os :Evangelhos nos trans– mitem <la Sua pPssoa, é o suficiente para nos manifestar uma simplicidade clássica, fundada no amor à língua do torrão natal e num carácter evidenkmente popular, aliado a uma profundidade jamais igualada por qual– quer orador do mundo. Jesus faz a primeira história popular: uma história que fala de camponeses, de