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PRÓLC)GO O tesoureiro da Rainha da Etiópia, prosélito do ju– deismo, subii.t a. Jerusalém para adorar ai Javé. Satisfeita a sua piedade, regressava à Etiópia pelos caminhos desér– ticos de Gaza, huando consigo inn exemplar da Sagrada Escritura (.tict. 8, 26-40). Sf,1itado em ric:01 coche o pie– doso tesoureiro lia atentamente o Profeta Isaías. Mas quantas dificuldades em conhecer e aprofu.ndar o pensa– mento de Deus! Longe dos Rabinos de J eritsalém, niio tem quem o guie na intrrpretação das Sagradas Letras. Quanta oração teria feito a Deus para que o ilumi– nasse. De repente, mna. 1.•oz afável - a voz de um 01.dro v-iandantf, quf mminhava a pé sauda-o, e, como o vê preocupado e com o pergaminho desenrolado, pergun– ta-lhe: «Po1·verw1·a entendes o que istás a for?» ( Act. 8, 80). O f en•o·roso iesourâro confessa com toda a ·modésti'a e ingenuidade a s1w ignorância: «Como o poderei enten– der, se não hoiuHr alguém que nw expliqiw?» ( Act. 8, 81). Muita razão tinha !'Sir afort11nado etíope a q·uem o diácono S. Pilipe ensino1;1 a inte·1•prefar a Sagrada Escritura ... Este fado repd!'-sl', tantas 1 1 ezes nos nossos dias! ... Aos sfus filhos, ptregrinos no árido caminho da vida, oft1·ece Df11s wna companhia, a Sagrada Escrit11ra. Ela é no dízrr da Imitar;fío, «nma 1nr'sa posta que contem a doutrina, santa f ensina a verdadâra fé, e levanta o vén conduzindo, com .<?eg11rança, ao interior do, santuário, onde rstâ o Santo dos Santos.» Porfm, quantas obscuridades na Sagrada. Escritura.' «A Bíblia, r principalmente o Velho Te'Stamento, aprese.nta-'.%-nos, muUas 1 1 ezcs, como 111n ·eni·gma. p01:ç forma mna colecção de documentos escritos que tratam dl1 história, dt direito. de moral, do poesia, de filosofia,, e que se refcrnn ao po1•0 de De11s, d11rante wm período dr, vinte sécn7os. Os srns a11to1•fs, conheridm, 011 anónimos, umas vezes são escritorrs de talento. outras vezes são
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