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EXCIDLÊNCIA DA BíBLIA 37 cristianismo não foi um movimento S(wial-político, mas l'eligioso. Por isso S. Paulo manda que cada um perma– neca no estado em que foi chamado pela fé (I Cor., 7, ~20) .) O eserarn e o homem frne são iguais e estão na me:-mrn linha fundamental: tanto um eomo outro -;;"[o servidores de Cristo. A razão desta igualdade sobrena– tural está em que todos foram resgatados pdo sangue de Cristo (6, 20). O facto de o Cristianismo ser o ponto <fo partida para uma mudarn;a radical na Yida moral e religim;a do homem interior não exige modificação alguma na eondi– cão exterior e social dos fiéis. O Cristianismo não se aprc– ;enta como uma rwrnlucão brusca das condicõcs Hoeiais existentes. Pretende, ar{tes de mais nada, r~formar os corações e penetrá-los da lei da caridade, do sentimento da igualdade criBtã, e preparar aéisim, de um modo Hen– sível, a mudança das instituições e a abolição final da escravidão. S. Paulo não fala. certamente, da abolição da escra– vatura; mas impõe tais normas sobre a maneira como os Renhores <teYem tratar OR seus escravos que, pràtiea– nwntP, faz desaparecer as diferenças de clas;;es Pxistenü•;; no mundo gr<~co-romano, pois o PsrraYo ccmvertP-8C em irmão do Keu senhor (Bf., 6, 5-R; Col., 3, 22-25). Leia-se a breye earta a Pilémon Bobre o modo eomo Pste cle"rn tratar o ;;eu servo Onésimo: «'I'alYez ele ;;e apart,rn de ti por algum kmpo, para que tu o rcrt>besses para sPm– prc, não já eomo um eseravo, ma;;, cm, n'z de oscraYo, um irmão raríssimo, prineipalmcnfo de mim; e quanto maiR de ti, não ;;Pgundo a earnc, mas tamb6m Hegurnlo o Senhor». úniPamc'nte ;;obre as basPs dP;;bi, «polítfra bíbliea», fundada sobre a moralidade religimm-polítiea de ju;;tica, igualdade, confiança, boa Yontade e humanidade, é q11c se pode manter uma e;;tán~l eoneórdia entre o;; povos da Terra. Não há outro dirt>ito inkrnacional que nos pom;a dar a paz a não ser aqnele que ('Htá exarado na eterna o imutá,·el Carta J\Iagna do Sinai: «Um direito