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A l\IENSAGEM DA BíBLIA YL'lhos preeoneeitos e falsos fundamentos. Certas ex– rii·essões tomadas ao pé da letra, à primeira vista, parecem fanireeer tais aeusac,:ões. Contudo, nem as expressões, nem }t prática e vida dos primeiros eristãos se podem inter– pretar em se'ntido colectivista. Para S. Lucas os termos «pas» e «apas» não desi– gnam plenitude completa, mas o maior número de pessoas ou a maior quantidade de uma coisa. Ao afirmar que «todos os er,·1ües» tinham «todos os seus bens Pm comum», quer dizer que muitos deles, de facto, assim procediam. Bsta comunidade de bens não era obrigatória, pois, de outra forma não se explica 'o louvor dado a Barnabé po1· se ter despojaL1o de seus bens, eolocando-os aos pés dos A11óstolos; (4, 36-37). As pahvras de Pedro a Ana– nias prornm claramente o, carácter facultativo de tais V<•rnlas :»... Arnmias, porque tentou Satanás o teu co– rat;ão, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço do eampo~ NiítÍ é verdade que, eonser– nm<1o-o, era teu, e, mesmo depois de vendido, não ficava à tua disposic,:ão .o prec,:o»? (fí, 4). Além disso, as colectas fritas por S. Paulo para socorrer a Igreja de Jerusalém mostram que o eolecti\'Ísmo niío era norma gPral. Portanto, o apregoado «comunismo» da Igreja de ,Jerusalrm é apenas a rPalização do ideal monástico de pobreza enearl'eido por ,frsus. «Não se trata de comunismo no sentido teórie.o, mas de uma aplieação mais ampla do prineípio de earidade; trata-se simplesmente de uma eaixa ou fundo comum enriquecido e alimentado pelos donatiYos voluntários dados para acudir às necessidades individuais». O Cristianismo não é um movimento político-social, mas religioso O Cristianismo intenta a fundaeão do Reino de Deus mediante a pregação da verdade e do,espírito de earidade; deste modo desaparecem as difercncas entre escravos e homens livres. Não devemos esquecer que o primitivo

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