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EXCEUNCtA DA BíBtrA 35 mentos. O fermento cristã-0 vai levedando paulatinamente, sem pressas imprudentes e sem revoluções que poderiam agravar o mal em vez de lhe propiciar remédio oportuno. Vão prevalecendo definitivamente o respeito pela pessoa humana e pela dignidade cristã, a verdadeira igualdade, a justiça e a caridade. S. Paulo expõe idêntica doutrina nas epístolas a-0s . efésios e aos coríntios (Ef•, 4, 7; I Cor. 12, 12-27), ao elaborar a grandiosa concepção do Corpo Místico, o «grande mistério» - como lhe chama o Apóstolo - que m,tá na mente de Deus desde toda a eternidade, mas revelado somente no Evangelho, para a salvação de todos os homens sem distinção de raças, tornando-os seme– lhantes a seu Filho na unidade do Corpo Místico. Vida da primitiva comunidade cristã Os primeiros cristãos praticavam esta fé e esta dou– trina, pois, os Actos dos Apóstolos dizem que «a multidão dos que haviam acreditado tinham um só coração e uma só alma, e nenhum dizia ser sua coisa alguma daquelas que possuía, mas tudo entre eles era comum» (4, 32). Estavam unidos de alma e coração, estreitados pela re– cordação da presença místi~a e real de Cristo, pela fracção do pão, que estabelece e manifesta esta união (I Cor., 10, 16-17), e pelo canto dos hinos e salmos, que acompanhavam a celebração litúrgica da Eucaristia (Act., 2, 42-47). Como prática desta união de corações e senti– mentos, todos os bens eram postos em comum. Que era o «comunismo» da primitiva Igreja? Certos tribunos acusaram a Igreja de se aliar contra os grandes capitalistas e burgueses, esquecendo a vida c~imunitária dos primeiros cristãos. Objectam: a Igreja nos seus primórdios era comunista, mas com o andar do tempo foi degenerando em formas contrárias ao Evan– gPlho. Convlm insistir nestas afirmações, para desfazer

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