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FOME DE ALEGRIA 297 maior estaria resolvido o problema da alegria. Como aumentar esse número? Cumprindo as palavras de Cristo : «Buscai primeiro o reino de Deus e a sua jus– tiça, e todas as outras coisas vos serão dadas por acrés– cimo» (1\fat., 6, ~38). A Bíblia fala-nos da alegria para os tempos da dor, dessa alegria que é paz e amor. Quando se sente viva– mente a presença de Deus, a alegria íntima que se expe– rimenta é um contrapeso para todos os sofrimentos. A época em que vivemos não é a mais propícia para a sere– r,idade e tranquilidade de espírito. As almas vivem numa contínua tensão e num renovado sobressalto. Os verda– deiros cristãos vivem no meio de um ambiente hostil e perverso, em que é uma verdadeira heroicidade conser– var sempre um comportamento digno e honesto. Não são dores somente os sofrinwntos materiais e morais, as perseguições e os cárceres, mas também a indiferença re– ligiosa e a descarada hostilidade em que o cristão se vê enYolvido ao manifestar a sua fé. Num mundo materia– lista e materializado, o cristão autêntico é um habitante anacrónico, desambientado e atrasado. Por isso, o sofri– mento há-<le alagar 11l!<'essàriamente a sua alma boa; mas não se perturba, porque sentindo-se unido a Deus, na paz do seu reino, a sua alma enche-se de íntimo e tran– quilo gozo. Foi assim quP o Yelho Eleazar, no meio do seu martírio se deixou morrer <'om um soniso nos lábios, para cumprir a lei de Deus, dizmdo: «O Senhor Santís– simo Yiu bem que, poclern1o lih•rtar-me da morte, prefiro <>ntregar o meu corpo aos açoitr·s; mas a m5nha alma sofre-os com alt,gria pe:o t:'mor dt• Deus». Assim se finou a sua Yida, diz o cronista, <foixando a todos os da sua nação um exemplo de nohrt>za e uma lemhranc:a de vir– tutfo» (II l\:Iac., 6, 30-31). As promessas do Mestre As palavras do DiYino 1\Iestre eneontraram sempre formidável ressonância, de maneira particular no nosso

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