BCCCAP00000000000000000000426

l!'OME DE ALEGRIA 293 les) oficinas contra o suicídio, para aconselhar e conver– ter os desesperados. B outra coisa não se pode esperar, quando não há uma meta clara e definida; quando o caminho está en– volto cm trevas e se carece da luz para as dissipar. Isto, porém, sucede deste modo por vontade dos indi– víduos; porque há perto de dois mil anos Cristo nos em,inou muitas coisas, e lançou entre os homens urna série de abençoados paradoxos, que são luz para os de corac;ão puro e escândalo para os néscios. Infelizmente esta arripiante afirmação de Ruskin {> muito verdadeira: «Em toda parte a estrepitosa alegria Pstá unida a uma' muda desesperação»! B eu não sou pes– simista nem d<'smancha-prazeres; cansei-me de repetir anteriormPnte que ningurm eomo o eristão tem, direito a <1ivNtir-se, a gozar os encantos da Natureza, obra mara– Yilhosa saída das mãos do Criador... ; mas, é necessário iwrmos sineeros, Yer<la<1eiros para eom nós próprios e para com o ambiente que nos rodeia. Grande parte da sociedade das grandes na<;ões da Europa enwredou lou– eamPntn pdo eamino das festas mundanas. dos p&'lsatem– pos, dos prazm•ps do jogo, para desse modo camuflar o inromensurável Yazio do seu espírito e a inutiEdade da sua -vida insípida. «Grande parte da Pxpansão e, 11nmeadame1ltP, do bom huh10r deste mundo, não ser-ve para as pessoas de idade madura a não sPr para as fazpr esqueeer por algu– mas horas aquilo que de outro modo não pod.eria supor– tar, que noutros momPntos ai; enche de profunda tristeza <' mesmo dP desespPro. ViYem disso os teatros, os cinemas, as salas de concertos e outros lugares de recreio; não é, pois, s<Ímentc> o imodPrado desejo de prazeres nem o sen– tin',~nto da arte que os mantf:m abertos. Um dos -verda– (1t'iros moti,,os que também arrasta os homens a procurar o bulíeio é o medo de se encontrarem sozinhos com os :,;eus pensanwntos. O dPsporto, as exeursões domingueiras às montanhas, ao rio, às praias, ao cinema, ao teatro, são passatempos

RkJQdWJsaXNoZXIy NDA3MTIz