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'frome de alegria A Bíblia, além de ser o livro da Providência, da con– fiança em Deus e da Yitória sobre a dor, é também o liuo da alegria, do gozo sereno e beatífico. A nossa época procura inventar cada dia noYos meios de refi– nada felicidade; o homem trabalha por eliminar da sua vida o sofrimento, as angústias e as penas; a civilização moderna procura raiYosamente «um areal onde a dor não exista diz Saitsehick e no meio do qual se oiçam os murinúrios cantantes de uma fonte de delícias»; con– tudo, a filosofia, a literatura, a sociologia, em todas as suas manifestações, afirmam, à compita, que, apesar dos progressos técnicos, do embelezamento da existência, do aumt'nto de novos prazeres, a civilização moderna não satisfaz o homem, nem enche o infinito vazio da sua alma, cumprindo-se à risca as palavras de Byron «que hoje tudo é feliz menos o espírito do homem». Nunca como hoje se verificou tanta falta de alegria nas almas; mesmo quando se entregam a paródias e fol– guedos loucos, falta-lhes a Yerdadeira e genuína alegria. «E muitos e muitas que gastaram demasiado cedo a sua vida, vendo cair as folhas, exclamam como outrora Jóna– tas, o arrogante e belo filho de Saúl, primeiro rei de Israel: «apenas provei um bocado de mel que estava no extremo da Yara, e eis que tenho de morrer» (I Sam., 14. 4a). f<J essa a tristeza de todos aqueles que sabem, por dolorosa experiência, tudo o que a Yida lhes pode dar e que Yêm esYair-se, nas obras do tempo, os seus màis belos sonhos.

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