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A rnm A u;z DA PALAVRA DIVINA 275 Três soluções para o problema da dor O incrédulo é incapaz de dar uma resposta cabal a esta pergunta sobre o sofrimento. Três soluções se podehl dar ao problema da dor. A dos estoicos que é: cerrar os dentes e aguentar. A segunda é a da filosofia de Buda, para a qual todo o sofrimento vem do desejo. Se pudés– semos extinguir todos os nossos desejos, chegaríamos, con– sequentemente, a um ponto de tranquilidade em que se– ríamos absorvidos no grande Ninana do inconsciente. A tereeira solw;:ão é a filosofia hebraico-cristã da dor, que crê que a dor e o sofrimento podem ser sublimados (Ful– ton Cheen). Esta filosofia da dor reflecte-se nas páginas da Bíblia, que é o frvro dos linos. O que se vê oprimido pelo jugo do sofrimento, tem na Bblia motivos de ine– fável consolacão. A primeira resposta da Bíblia ao problema do mal é a seguinte: o mal proelani.a a justiça de Deus. Serve para manter a ordem moral estabeleeicla pelo Criador, donde se segue que o sofrimento castiga toda a infrac– ção a esta ordem. Do mesmo modo que, pela culpa, a morte e a pena entraram no homem, assim, com fre– quência, a culpa e o pecado são causa do sofrimento, de tal modo que não resta outro remédio senão o de nos inelinarmos perante a justiça de Deus. Contudo, a explicação da dor, enquanto castigo, não vale para todos os casos nem para todos os homens. À luz ela ideia de solidariedade, esta explicação pode-se estender a uma povoação inteira, pois, nela há sempre pecadores. Por isso, no Antigo Testamento, a fé em Deus, Pai e Benfeitor. fez brotar a pedagogia do sofrimento. A pena que castiga o pecado provém da justiça de Deus, mas o sofrimento que educa é fruto do arnor que quer a salvação dos homens e dos povos. Assim o ac:onselha o sábio no livro dos Provérbios: «Não desdenhes, meu filho, as lições do teu Deus; não amues se Ele te corrige. Por– que Deus ama aquele a quem corrige e aflige o filho que é caro» (Prov. 3, 11-12).

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