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NÃO vos INqUiwrms CO:M O DIA DE A1fANHÃ 269 menta. Porv(•ntura, não sois mais que elas? Qual de vós pode ajuntar um efrrndo à sua estatura? E sobre o ves– tuário, porque andais aflitos? Olhai eomo erescem os lírios do campo: não trabalham nem fiam. E digo-vos que neín Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles; pois, se a Prva do emnpo, que hoje é e amanhã se deita ao fogo, Deus assim a veste, quanto mais a vós, homens de pouea fé? Não vos inquieteis pelo dia de amanhã; deixai a cada dia o seu cuidado» (l\fat. 6, 22). Regra de Oiro, que deveria anunciar-se em letras luminosas nas ruas e nas praças do mundo inteiro. E se o homem aceitasse na ,ma vida a mercadoria preciosa do reclamo, a paz autêntica, a serenidade que acalma e digni– fica, seria o inestimável tesoiro da sua consciência. A confiança no Deus que veste os lírios do campo e alimenta os passarinhos do bosque é o único meio capaz de varrer a inquietação do espírito e a angústia que tortura e mata. Só há an1-,,·ústias insuperáveis para quem não crê em Deus, nem em J csus Crjsto. Blake busca o paraíso O livro negro de Papini, apresenta-nos uma nova edi– ção de l\Iistcr 0-og, multi-milionário e fanático coleccio– nador, contando-nos ('Orno na sua secção de manuscritos inéditos, encontrou uma obra de William Blake, intitu– lada «O Parafao achado novamente». Nessa obra imagi– nária, Blake tem a convicção de que o novo Edem não desapareceu da terra e lança-se à aventura de o encon– trar. Com o mesmo fim, finge ter embarcado antes de Colombo, mas teve a má sorte de encontrar novas e ricas terras que o detiveram, impedindo-o de levar por diante o seu principail. propósito. l\Ias espera ser melhor suce– dido, e com rsta ilusão põe-se a viajar durante muitos anos. Encontra raras e variadas belezas, mas nenhum sinal do paraíso. Porém, uma bela noite, dormindo sobre o musgo de uma vetrn,ta caverna, começa a sonhar e ou-ve uma voz que lhe fala ... A sua constância mereceu

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