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EXCELÊNCIA DA BíBLIA 25 na origem de tudo, dela derivando a autoridade, o conse– lho e a justiça. A concepção cristã - seguindo a mesma linha do Antigo Testamento, que fundamenta a autoridade e todo o poder superior na vontade divina - está exposta de 'Um modo mais amplo e sistemático nas epístolas de S. Paulo. O Apóstolo fundamenta a sua doutrina moral e social sobre o alicerce fecundo e luminoso da doutrina do Corpo Místico, que, por sua vez, se apoia na rege– neração baptismal pela qual os homens são incorporados a Cristo, cabeça do grande organismo da Igreja, tornados iguais e livres diante de Deus. lVIostrando que a diversi– dade de membros e unidade de vida são essenciais a esse corpo, do qual Cristo é a cabeça e o Espírito Santo a alma, S. Paulo deduz os deveres recíprocos de earidade, de justiça e de solidariedade, que obrigam cada um dos membros a colaborar para o bem do corpo todo (I Cor. 12, 12-27; Gal. 3, 27-5, 1). Fala, por conseguinte, destas obediências: a) - obediência aos poderes públicos; b) - obediência aos chefes de família; e) obediência aos chefes religiosos da comunidade criHtã. a) Obediência aos poderes públicos. -É caracte- rfatica esta passagem aos Romanos, no cap. 13: «'l'odos deveis estar sujeitos aos poderes superiores; porque não há poder que não venha de Deus e os que há no mundo foram estabelecidos por Deus, de sorte que aquele que resiste à autoridade resiste à disposição de Deus... Faz o bem e terás a Sua aprovação, porque o príndpe é minis– tro de Deus para o bem». O príncipe é o (diákonoH) servidor de Deus, o Seu lugar-tentente, no esforço de promover o bem. Por isso é que se lhe deve obedecer, e não para escapar ao castigo; isto seria não compreender que a ordem do mundo, e particularmente a ordem imposta à8 sociedades, é querida e intentada por Deus• Portanto, a submissão deve ser não somente externa, mas interior e voluntária, procedente da consciência, das exigências da própria natureza do

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