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DI<JUS }j O DESTINO DE CADA HOMEM 265 srnta os problemas políticos, religiosos, morais, sociais e psicológicos que angustiam o homem moderno. Gog, o incansável viajante, entrevista-se com o assis– tente do mais cékbre astrónomo do ]\fonte Wiüson, de nome Alf Wilkovitz. Sob um céu profusamente iluminado de estrelas, Alf \Vilkovitz, começ:a a falar com a voz desesperada: «l\Iister Gog. sinto a neeessidade de lhe eonfessal' alguma roisa que até aqui não confiei nem sequer aos meus mestres. Penso que me eompreemlerá melhor que elPs. «De alguns anos a Psta parte, a Astronomia pare– eia-me a mais divina das ciências; foi o meu primeiro amor intelectual, apaixonado e forte. Hoje, após ter conhecido mais de perto o céu, sinto-me perplexo, contur– bado, cheio de dúvidas, às vezes até atemorizado. A As– tronomia desiludiu-me. Compreenda-me bem; a Astro– nomia, eomo ciêneia exacta, é um dos ediffrios mais ma– ravrlhosos levantados pela m0nte humana nos últimos sé– culos; mas, ao contrário, o s0u obj0cto decppcionou-me: o uniwrso sideral. C~U(' sucede lá em eima1 Isto: inu– meráveis e imensos fogos fogem e se consomem. Porque fogem? Aonde Yão? Bstamos acostumados às rotações regulares dos nossos planetas ao redor dessa estrela me– diana que é o Sol. .. As nossas medidas são ridlculamente pobres, os nossos telescópios mais poderosos podem-se comparar aos olhos de um imwcto que observam firme– mente as excelsas quebradas do Himalaia: o céu que vemos não é o céu de hoje, e o que agora contemplamos é o céu de vários séculos, e o que se vê noutras partes é o céu de milénios. Os astros fogem eorno drsesperados. prrseguidos e, ao fugir, convertem-se em fogo, isto é, destroem-se. Mi– lhões de nebulosas, milhares e milhares de estrelas há f'éculos e séculos que não fazem mais que fugir e 'des– truir-se, sem uma razão imaginável. .. É possível que uma inteligênC'ia superior e Jwrfrita tenha querido esta dila– pidação enorme, prrene e (•ompletamente inútil? Perante este pensar, a mente humana fica aterrorizada... Era