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A B.tBLIA. ESCLARECE A ANGúSTIA. HUMANA 247 nos :impelia ao socorro mútuo, até esses laços um pouco convencionais que nos agrupaYam, já não existem... As almas ficaram sem religião, o que implica andarem sem, freios. Crer é, muitas vezes, apenas um motivo para morrer mais depressa. Crise da esperança A filosofia moderna, que ao mesmo tempo é mãe e :filha do homem moderno, está constituída por um con– junto de doutrinas reeebendo o nome de existencialismo O existeneialismo é uma filosofia de angústia e de deses– pero. A angústia, a ineerteza e a preoéupação radieam na falta de esperança. Jean Paul é talvPz o homem que mais contribuiu para a popularidade da angústia acabrunhante, do tédio e da amargura que torturam a alma do lwmem contemporâneo. As suas obras, tanto filosóficas como literárias, estão no índice dos Livros proibidos (em todas elas se nota a in– fluência do espírito da perversidade) ; têm, porém, o :tn,é– rito de pôr a descoberto o tremendo vácuo em que se debatem os homens. E tendo dado a morte voluntària– mente a Deus, a noite da dír'í'ida da desesperação surge total e absoluta. Isto .ainda não é o pior do nosso mundo. O mais grave e o mais alarmante da presente geração é a crise de espe– rança sobrenatural entre os cristãos. Esta falta de espe– rança aumenta com a decadência do espírito eYangélico, que se verifica em três rampos: No campo das ideias: O apelo dos Arcebispos Espa– nhois aos intelectuais ratólicos é um símbolo bem signifi– eativo. Decadência no terreno do~~ costil1nes: Por toda a parte eampeia a imoralidade sexual, coneeitos pagãos e anima– leseos sobre o uso do matrimónio e sobre o amor, bem assim como a climinui<,:âo da natalidade e a educação dos filhos. Descrú;tianização no terreno da, justiça social, que se
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