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::zl. Bi6lia e•clarece a angúifia l;,u.rn.ana J'<j frequente, hoje em dia, drpararmos com uma abun– dante literatura, que por vezes atinge um nível artístico apreciável, reflectida na filosofia e no teatro, ilustrando àsperamente, mas com toda a sineeridade, o sentido trá– gico que constitui o fundo (la eonsciência moderna. Bsta literatura, cujo eaudal ideológico se con– densa na filosofia existencialista de Kier kegard, de Jasp– pers e Sátrc, é àvidamente lida no meio científico e uni– n)rsitário. Todas <>stas obras, Pm muitos aspectos comple– tamente dispares, coincidem nas descric;ões arrepiantes da Roledade, da angústia, da incerteza do homem moderno, (·, ao mesmo tempo, proclamam o fraeasso da razão para <:onstruir um mundo de equilíbrio e de concórdia, refu– giando-se num estoicismo insulta<for, ou no anelo de uma religião capaz de sal-var do naufrágio a eivi'llizac;ão. :B'er:nandt>z Flort>z, esquisito estilista espanhol, quase se>mpre descone>ertadamente irónico, escreve: «Como podem ainda existir homens serenos no mundo~ Ê que nunca houve tantos moüvos para temer e nunca a deses– perac;ão esteve tão justificada! Qual é o panorama da Europa1 Um novo poder de destruii;ão. como nunca apareceu nenhum, já se descarrrgou trif,t(,mente por sobre a huma– nidade. Com a bomba atómíea Pncontrarrws os gérmens do nada... A solidariedade entre os homens, as leis que nos protegiam com a sua garantia, a vrópria compaixão que
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