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SITUAÇÃO ACTUAL DA PALJ<JSTIKA 223 árabe. A partir de 1948 a forç:a militar de farael tripli– cou-se e continua a crescer num ritmo acelerado. O Go– verno está decidido a converter o exército israelita na mais poderosa força do 1\Iédio Oriente. Os últimos aconte– cimentos bélicos mostram que nenhum Estado Árabe, to– mado separadamente, mesirl,o o Egipto, poderá fazer frente aos valorosos e disciplinados judeus. Uma das causas mais graves da crise económica, que pode ser um balde de água fria entornado sobre as espe– ranças sionistas, é o cerco férreo dos árabes. Uma porta hermética fecha as duas fronteiras. O mesmo sucede com as vias de acesso ao Egipto, Jordânia e Síria. No mundo árabe, encontra-se toda a classe de artigos; existem de– sempregados, é certo, mas os mercados estão repletos de subsistências. Nada disto pode atravessar a fronteira is– raelita, à excepção do que é passado por contrabando em pequena escala, efectuado pelos árabes dos dois esta– dos da Galileia. Israel vê-se obrigado a importar e a ex– portar os seus produtos pelo único porto de Haifa. «O nosso problema económico é horrível - afirmava recen– temente um funcionário do Ministério das Relações Cul– turais - e somente com a ajuda dos judeus milionários estrangeiros se pode aguentar esta difícil situação». O descontentamento geral que se nota no país, é uma triste consequência desta crise económica. Tive a oportu– nidade de falar com judeus de todas as classes sociais, com árabes e europeus residentes em Israel, e a impressão comum é que dois terços da população judaica voltariam contentes à terra da sua origem. Sentem-se desenganados, desiludidos nesta terra estéril, entre homens de todas as cores, e de todos os idiomas. Apenas os judeus perse– guidos eín países estrangeiros, vivem alegres, não porque lhes satisfaça a vida em Israel, mas porque ninguém os perturba e podem proclamar, alto e a bom som, a sua qualidade de filhos dos hebreus.
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