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SI'rFAÇAO AC'l'üAL IJA FALESTI:K'A 221 eonvencemos de que não <>stamos no reino da abundância eomo apregoam os eorifem; do sionismo. Israel, e(•onàmi<•am(•nü•, atraYessa um.a grande crise, e sem perspeefrvas de se eons(•guir uma Rolução perma– nente e satisfatória. São várias as causas que motivaram esta depresRão económica. Em primeiro lugar, o campo. Embora os ju– deus possuam a região mais fértil da Palestina, com as planícies marítimas do Sarón e do Esdrelón, onde há abundância de cereais, laranjeiras, limoeiros e oliveiras, a terra israelita é c•xtremaírlente pobre, semeada de mon– tículos calcáreos e de pedra branca. Numa superfície de terra de 20.000 quilómetros quadrados vivem mais de meio milhão de judeus. Boa parte desta superfície está formada pelo Negueh, região situada ao sul do país, recheado de imensas estepes e partes desérticas. É certo que o judeu, em quatro anos, transformou a fisionomia geográfica da Palestina, graças à irrigação artificial. Mas a produção agrícola é insuficiente para alimentar os mui– tos milhares de habitantes que ocupam minúsculo terri– tório. Por este motivo, em Israel, os artigos de consumo são estreitamente rac.ionados. Visitámos alguns tipos de colonização agrícola amm– ciados, e ficámos maravilhados com a enorme produção realizada, mas também mal impressionados com a miséria física e moral dos seus moradores. As vivendas são. geral– mente, estreitas e insuficientes. Num destes quibbids, a comida consistia numas batatas cozidas, um tomate crú, e um bocado de pão negro. Não se podem servir dos fru– tos do campo onde trabalham. Além disso, a produção é insuficente para tanta gente. Um padre franciscano espanhol que presta assistên– cia à igreja católica de Tiheríades contava, com uma pontinha de ironia o que lhe sucedeu com o racionamento dos artigos de vestuário. Deram-lhe dez pontos para o mês e, como fazia grande calor, pensou em comprar uma camisa fina. Dirige-se à barraca com os seus dez pon– tos; e, qual não foi a sua surpreza quando lhe disseram

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