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A BíBLIA À LUZ DAS DESCOB. ARQUEOLóGICAS 195 a vida privada e pública, a arte, os textos religiosos fú– nebres do Império antigo e médio. Plinders Petrie escava Tel1 el-amarna em 1891, a Ikhetaton de Amenofis IV, a uns 300 quilómetros ao sul do Cairo. Em 1887 desco– briu-se grande número de tábuas, cerca de 350, em escri– tura cuneiforme, pertencentes aos arquivos diplomáticos dos Faraós Amenofis II e IV. Contêm a correspondên– cia destes :F'araós coin os seus vassalos da Síria e Pales– tina com os reis de Babilónia, Assíria Mittani, Hititas, Chipre, etc. Nelas transluz todo o mundo oriental, prin– cipalmente da Síria e Palestina, proporcionando-nos in– teressantes elementos de geografia e história. Kamak e Luxor A uns 700 quilómetros do Cairo, foram descobertas as ruínas de Karnak, na margem direita do Nilo, e as de Quornah e 1\Iedinet-Habou, na esquerda, que indicam o sítio da cidade de Tebas. No grande templo de Karnak, Petrie descobriu (1896) a estela Menephtah, o único do– cumento que nos fala de Israel. São também dignas de nota as listas de cidades sírio-palestinenses saqueadas por Tutmosis III e Sesac (I R. 14, 25). Na cadeia liba– neza, frente a Tebas, abre-se o grandioso e maravilhoso vale duplo de Bilan el 1\1olouk, onde se encontraram as tumbas do Novo Império. Papiros e ostraka Um dos contributos mais valiosos da egiptologia para o estudo do Antigo' e Novo Testamento é constituído pelo aparecimento dos papiros e ostraka (cascalho, resíduos de cerâmica com inscrições). Podem dividir-se em duas grande ssecções : bíblicos e extra-bíblicos. 1) BÍBLICOS. - Têm para nós particular inte– resse quatro fragmentos de papiros bíblicos: O Papiro Nash, aparecido em Payum (1902), datado de 200-100 anos antes de Cristo; tem uma só página, com

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