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A BíBLIA À LUZ DAS DESCOB. ARQUEOLóGICAS 193 Iónicas. Por exemplo, o querubim que guarda o paraíso, em sinal da expulsão perpétua, pode ser um artifício literário tomado dos génios que guardavam os templos e palácios babilónicos; este artifício literário serve de veículo para uma grande verdade teológica : a perda definitiva do dom da imortalidade corporal. Também a espada flamejante nas mãos do querubim é semelhante ao raio de bronze erigido por Tiglatpileser I sobre as ca– sas arruinadas para indicar que é proibida a entrada ou a ocupação da cidade. Tábuas de Mari A descoberta das cartas de Mari, escritas em acá– dico, aumentaram poderosamente os conhecimentos geo– gráficos e históricos. «Graças aos sincronismos que se topam nas cartas, revolucionou-se a cronologia do se– gundo e terceiro milénio antes de Cristo, estabelecendo-a sobre urna sólida base. Nomes pessoais do Antigo Testa– mento, como 'I'araj, Najor, Sarug, reaparecem como no– mes de cidades nas vizinhanças de J arán. O dawidum ou chefe dos bandos errantes semítico-ocidentais, revela a ori– gem do nome de David». l\fari, actualmente Tel1 Harri, foi a capital de um poderoso estado amorreu, muito flores– cente e poderoso, dominando o vale superior do Eufrates, antes de cair nas mãos de Hammurabi (1695 antes de Cristo). O palácio real constava de duzentos departamen– tos com urna superfície de 60.000 metros quadrados. Man– tinha relações comerciais com numerosos estados; e, das 20.000 tábuas desenterradas, umas 5.000 são cartas troca– das entre os reis de Mari e os funcionários subordinados. Em vários outros pontos da Mesopotâmia, descobriu-se urna enorme quantidade de tábuas de um valor histórico incalculável. Os caracteres cuneiformes eram gravados cm argila branda, que depois eram secadas no forno ou ao sol, formando com elas bibliotecas gigantescas, que re– sistiam à acção demolidora do tempo e às devastações bélicas. No Egipto e nas regiões ocidentais da Síria e 13

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