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EXCEL:FJNCIA DA BíBLIA 17 Pet. 1, 20). A Igreja, depositária infalível dos ensina– mentos apostólicos, afirma, no Concílio Vaticano, que os Livros do Antigo Testamento são sagrados, porque, «es– critos sob a inspiração do Espírito Santo, têm a Deus por autor». Deste modo se explica a assombrosa unidade e orien– tação misteriosa que se desc•obre no Livro S.ttgrado. A Bíblia, cm todas as etapas do seu crcscirnento, mantém intacta a sua homogeneidade, apesar dos materiais que se lhe foram juntando, porque um só e mesmo autor vigia a sua formação e o seu crescimento. Artigo II - O seu conteúdo Do estudo comparado da literatura antiga e da Bí– blia, dPduz-sc um facto incontrcJYertívcl: as Yerdades contidas no LiYro Sagrado transcendem radicalmente to– das as doutrinas dos povos antigos. Os sábios investigadores interrogaram os anais sagra– dos da Pérsia; esquadrinharam o código de Hammurabi, rei da Babilónia, um dos códigos mais antigos da Huma– nidade; estudaram as crónicas reais de Sárgon, de Assur– banípal, de Nabucodonosor, as obras poéticas da Índia, da Grécia, de Roma. Os povos antigos, rxcelentemente dotados no campo da :Filosofia, das Artes, da Política e da força militar, legaram-nos escritos pejados de erros na ordem moral e religiosa. Israel, ao contrário, poYo sem artes, sem :Filosofia, ,;em grandes recursos naturais, produziu a ineomparáyel maravilha do Livro por exce– lência. E este facto singular somente se explica admi– tindo um auxílio superior de Deus. A Bíblia contém e transmite-nos a Revelação de Deus; por isso deve ser o livro com o qual temos de viver e morrer. Induvitàvelmente as verdad0s religiosas da Bíblia pertencem, em parte: à ordem natural; mas há nela também outras verdades que o homem nunca pode– ria conhecer pelas suas próprias forças. Estas verdades convinha que lhe fossem reveladas por Deus de uma ma- 2

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