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INTJ<JHPRETAÇÃO CATôLICA DA BíBLIA 187 decretos dogmáticos para pr(rvar ou ilustrar alguma ver– dade. A bula «Ineffabi'.lú; Deu,S», onde se define a lma– eulada Coneeição, invoca a passagem do Génese (3, ] 5; ) mas a infabilidade apenas diz respeito ao dogma defi– nido, não aos argumentos ou motivos empregados para o provar. É muito difíeil precisar cm que sentido são usados os textos escriturísticos nos documentos; e não se pense que a maior parte das vezes são empregados como simples argumentos, ilustrações e acomodações. Pio XII recorda «que são muito escassas as coisas cujo sentido tenha sido declarado pela autoridade ela Igreja. e tam– b6m não são muitas aquelas em que unânimente convêem os Padres» (Divino afilante Spiritu). Calcula-se que não chegm·m a vinte 08 textos interpretados infali"velmente pela Igreja. Além das dPfinições infalíveis da IgTeja, os decretos dos (ioncílio8 e Congregações dão interpretaçõ(•s que têem também grande autoridade. Devem mencionar-se, sobre– tudo, as respostas da Pontifícia Comissão Bíblica, insti– tuída por Leão XIII, em 1902, como corpo de sábios eclesiásticos, para promover e defender o estudo da Bí– blia. As suas decisões devein acatar-se religiosamente, sem que isto implique renú1wia a ulteriores investigações sobre a questão. b) CoNSENTIMEN·ro DOS PADRES DA IGREJA : - Os Santos Padres e escritores eclesiásticos reconhecem a ne– cessidade ele interpretar a Sagrada :Escritura, «segundo a tradição que remonta até aos Apóstolos». Dissemos que o único verdadeiro sentido é o da Igreja; por isso, os Padres, interpretando a Bíblia gozam de autoridade, en– quanto são eco fiel da IgrC'ja_ O concílio de Trento fala do consentimentoi elos Padres como princípio de inter– pretação e ele igual modo o afirmam todos os Romanos Pontífices. Para que a interpretação patrística tenha autoridade infalfrel requerem-se duas condições: 1lnanimiclacle de consentimento e que verse sobre coisas de fé e costume,.s.

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