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I'.'JTifüPRI<'.TAÇJ.O CATôLICA DA BíBLIA 183 Artigo II. - Heurística: Princípios de interpretação. (~ue regras se devem empregar para achar o verda– deiro sentido e uma determinada passagem da Bíblia? A Heurística responde a esta questão. Os Romanos Pon– tífices. Leão XIII, Pio XII, nas suas preciosas encíclicas «Providentíssimus» e «Divino afflante Spiritu» estabe– lecem norinas de interpretação que nos servirão de luz orientadora nos nossos estudos. A Bíblia pode conside– rar-se como simples documento do passado ou como pa– lavra inspirada, transmitida por Deus à sua Igreja. Daí a existência de duas srries de princípios: uns gerais aplicáveis a todo o livro ou escrito, e outros particulares, Yálidos únira e 0xclusiYamcnte para a Bíblia, por causa da sua origem, eontpúdo P drstino. 1) Princípios gerais: a) A LÍKGFA HEBRAICA E AS LÍNGUAS AFINS: - o es– eritor adapta-se às normas gerais <la linguagem, enquanto à gramática, retóriea, lógica e sentido usual das palavras. Para bem interpretar um livro é necessário conhecer lwm as características pcnuliares da língua em que ori– ginàriamente foi escrito. Para isto, o conhecimento das línguas de um mesmo tronco filológico, afins na sua J'aiz e gramática, é um poderoso auxiliar. «Nos nossos tempos - diz Pio XII na Divino affTanff Spirifo-, niío só a língua grega, que desde o Renascimento rrssuscitou em certo modo para nova \·ida, se tornou familiar a quase todos os cultivadores <la Antiguida<le e das Letras, mas também a hebraica e outras línguas orientais estão amplamente difundidas en– tro os literatos, P hoje é tal a abundância de meios para aprender estas línguas, que o intérprete da Bíblia, que negligmcie o conlrncimento dos textos originais não po– derá, <1e modo algum, evitar a nota de superficialidade e moleza, pois cabe ao exegeta captar, com sumo cuidado e Yenera~ão, até as mais pequeninas coisas saídas da

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