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INTifüPRETAÇAO CATóLICA DA BíBLIA 181 prefigurado nas páginas do Antigo Testamento o ciclo da doutrina cristã. A relação entre o tipo e o anti-tipo nãn se pode co– nlwcer ,;enão por revelação de Deus. Esta relação mani– festa-se nas fontes: Sagrada Escritura e Tradição, au– tenticamente interpretadas pelo Magistério infalível da IgrPja. Esta é a doutrina exposta por Pio XII, na en– cídica Divino afflante Spirit1t. «: ... Este sentido (o espiritual ou típico), nos Santos :BJvangPlhos, é-nos indicado e ensinado pelo mesmo Di– vino Nalvador; e os apóstolos, imitando o exemplo do DiYino l\fostre, professam-no verbalmente e por escrito; ,kmonstra-o a doutrina tradicional da Igreja e, final– nwnte, dedara-o o antiquíssimo uso da Liturgia, segundo a conhecida sentença: «Lex precandi, lex credendi». A simplPs analogia que o leitor ou intérprete possa discernir entre os dois objectos não é razão suficiente para se afir– mar a existêneia do sentido típico, mas unicamente po– derá ilustrar os elementos resultantes das fontes da reYelação. J;Jm última análise, o Magistério infalível da Igreja é quem determina a existência da tipologia nas passagens ou textos bíblicos. Pio XII, na encíclica «Hiimani Generis», condena a 1wrigosa tendência de alguns intérpretes que, para solu– ('ionar todas as dificuldades da Bíblia, caem nas exagera– (~Ôl'S da Bscola de Alexandria, interpretando a Escritura Pm srntido espiritual e simbólico, sem fazer caso do sen– ti<lo litPral, origem e causa das dificuldades e conflitos. l'ontudo, o Papa, como se nota na «Divino afilante Spi– rifo», não reprova a exegese espiritual que se funda na própria Escritura e na Tradição. b) Espécies de sentido típico. - : Há u:tna divi– são já clássica do sentido típico : alegórico, tropológico 1; anagôgico. Alegórico : o que tem Cristo ou a Igreja (·orno objecto; por exemplo,· o sacerdote lVIelquisedeq, é figura de Cristo, sacerdote eterno; a Arca de Noé, figura 1fa Igreja, fora da qual não há salvação. Tropológico: