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A :MENSAGEM DA BíBLIA O testemunho apodíctico ele Santo Agostinho po<le servir de norma na leitura e estudo do 'l'exto Sagrado : «Creio firmlssimamcnte que nenhuin hagiógrafo errou ao escrever. Se há alguma coisa contrária à verdade na Sagrada Bseritura, não duvido dc que isso seja uma errata do códic<', ou má intelecr,:ão tlo 'l'exto Sagrado l)OJ' parte do tradutor, ou Pntão sou eu que não o entendo». Documentos eclesiásticos. Os doeumentos ante- riores a Leão XIII. quase não fazpm referência' a esta questão, porque niio havia ninguém a combatê-la. Leão XIII é o primeiro a defender eom palaYrm; claras, a inerrância da Bíblia, na en<:iclica Providentissi– mus De·us, justamente chamada a «earta magna» dos ea– tólicos para os estm1os bíblieos: «í~ inútil dizer que o Bspírito Santo tomou os homens r,om.o instrumentos para escrever, como se incorresse em erro o autor sagrac1o e não o autor prinripal. Pois, em -virtude de urna ae~ão sobrenatural, de tal modo os excitou e moveu a escrewr e lhes dispensou tal assistência, que el('S entí'nderarn e escreveram fielmente aquelas coisas e só aquelas que Ele lhes ordenava, e assim o exprimiram idoneamente t' com verdade infalfvel. «Portanto, os que pensam que pncle haver alguma roisa de falso nos lugares autêntieos dos Livros 8agrados, Psses tais pervertei11, certamente, a nor,:iio de inspiração divina. ou tornam a Deus autor do erro». Bento XV propõe igual doutrina, na Sviritus Parac– litu,g; Pio X, na encíclica Pascendi. contra os modernis– tas, e Pio XII, na Divino afflmite · Spiritu, tantas vezes citada. A própria noção de inspiração implica a absoluta imunidade de e1To nas Sagradas Páginas, já que o efeito ~- o livro , pertenee totalmente a Deus e ao hagiógrafo e, portanto, todo e qualquer juízo errónrn afirmado no texto deveria atribuir-se neeessàriamente à causa prin– cipal.

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