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INSPrnAÇAO B INJ<;RRKNOIA 155 sonalidade íntegra e total do escritor humano na Bíblia com a sua psicologia, estilo próprio, mentalidade cien- 1 ífica, os estudiosos adoptam diferentes posições. Uns, pouco ponderados, negam a origem divina da Bíblia, eonsiderando-a como um livro meramente humano, es– crito por <liversos autores através dos tempns. Outros, querendo ddender exagerada e acertadamente o dom so– brenatural da inspiração, reduzem-na à sua mínima ex– pressão : «mera assistência negativa» que preserva o autor humano de cair no erro; nu «uma aprovação subse– quente» pela qual o Bspírito Santo faz Sua uma obra composta por outrem. Ambas teorias se opõem às declarações do Concílio Vaticano e ao próprio conceito de inspiração. Segundo o Concílio Vaticano, os Livros Sagrados são inspirados, não porque foram escritos pela indústria humana e de– pois aprovados pela autoridade divina, nem só porque contêm a revelação sem erro, mas porque, tendo sido t'srritos sob a inspiração do Bspírito Santo, têm a Deus por autor, e como tais foram transmitidos à mesma Igreja. Além disso, tanto no caso da assistência passiva como no da aprovação subsequente. não é Deus o autor do livro, mas sim, única e exclusivamente, o espírito humano. Isto deita por terra o conceito de inspiração bíblica. Outros, querendo conciliar os supnstos erros no eampo da ciência profana com a inspiração divina, res– tringem esta somente às -verdades de fé e costumes. Leão XIII, na encíclica P1·0,videntissim11s, repudiando esta li– mitação da inspiração à doutrina de fé e costumes define o que é a inspiração. Segundo o Papa, a inspiração é um influxo positivo que leva o autor humano a escrever o livro desde o princípio ao fim, de tal fo.rma que a escritura, concebida, querida e realizada sob a moção do Espírito Santo, tenha a Deus por autor juntamente com o escritor humano. «... De tal modo os estimulou (aos hagiógrafos) e moveu com o Seu influxo sobrenatural a escreverem, e

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