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15:l A l\lBXSAGJ:<Jl\I DA B1BLIA De8de 08 primórdio8 da Igreja, esta persuasão da ol'igem divina dos Livros Sagrados está tão arraigada no espírito de todo8, que nem sequer se pensa em pro– vá-la ou defini-Ia. Contudo, há dois textos no Novo 'l'es– tamento tão explícitos, que resumem perfeitamente esta Jwrsua8ão. Segundo uma passagem da segunda epístola de S. Pedro (II, Pct. 1, 20), os profetas não falaram por 1n·6pria vontade, mas «movidos pelo Espírito Santo». S. Pedro refere-se às profecias escritas, pois só assim se p0<1iam a<>har nas mãos dos fiéis, para a sua instrução e eonfirmação na fé, Esta moção do Espírito é aclarada por S- Paulo, o qual falando na srgunda epístola a Timóteo (II Tim. 3, 15-17}, diz que toda a Escritura é divinamente inspi– rada». A palavra grega empregada tem um valor técnico, P dda se deriva o nosso vocábulo «inspiração». 2) Te.~iemunho do Magistério ordinário da Igreja. A Igreja desde 'o princípio manifesta exuberante– mente a sua convicção na origem divina da Bíblia, quer pelo uso que dela faz nos ofícios litúrgicos, quer pelas afirmações dos seus doutores. No uso litúrgico distingue nitidamente os Lii;ros Sagrados de qualquer 'outro livro da antiguidade cristã. como as Cartas de S. Clemente, as Actas dos JUátires ou os escritos dos Romanos Pontífices. Enquanto os li-vros canónicos ou sagrados se lêm sob 'o nome de Escri– turas e, portanto, como inspirados e como regra de fé <' de costumes, os outros lêm-se com uma finalidade de e<1ifieação espiritual. Os Santos Padres nas suas obras apologéticas, C'xegéticas e na pregação popular, recorrem à Escritura como autoridade infalfrel, fonte inesgotável de ensinamcntos divinos. Da anális-e das afirmaçõcs dos Santos Padrcs po– tlcm-se rcsumir Yárias fürmulas que mutuamente se com– pletam e mostram como a Escritura é a palavra de DC'us. A Escritura Santa foi inspirada ou «ditada» pelo Es– pírito Santo; tcm pois, a Deus por «autor», Sf;ndo o

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