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parte do seu ofício não pode ser desdenha<1a sem graYe detrimento da exegese católica». Carta ao Cardeal Suhard Estas palavras do Papa dilo lugar a uma vivíssima polémica. As largas concedidas parn inwstigar e aplicar aos livros sagrados os géneros litt•rários orientais fazem com que tomem de noYo Yulto as teorias anteriores à «Spiritus Paraclitus» e se traga à balha a discussão da autenticidade do Pentatouco e da historiedade dos onze primeiros capítulos do Génese. Os descobrimentos no campo da Paleontologia e Antrnpologia tornam a crise mais aguda. De lfrança faz-se à Comissiío Bíblica uma consulta sobre estas quc,stões. A Comissão Bíblica res– ponde por meio de uma carta envia<la ao t 'anlcal Suhard, no dia 16 de Janeiro de 19-18. primeira parte trata-se expressamente do problema fontes do Pentatouco; a seguir, deixa aos escrituristas ('atóli<·os a mais completa liberdade dentro dos limites da doutrina da Igreja e in– cita-os a estudar, sem preconceitos, os probh·mas relativos ao Pentatouco «à luz de uma crítiea sã e dos elementos de outras ciências relacionadas com a matéria». A resposta da Coinjssão Bíblica <1<-bruça-se de noyo sobre a questão da historicidade dos primeiros capítulos do Génese, sobre os génrros empregados pelos hagiógrafos, e afirma: «Bastante mais obscura e com– plexa é a questão das formas literárias dos onze primei– ros capítulos do Génese. 'l'ais formas literárias não cor– respondem a nenhuma das nossas rategorias clássicas, e não se podem julgar à luz dos géneros literários greco– -latinos ou modernos. Não se pode, 1wgar nem afir– mar absolutamente a historicidade, ele todos aqueles capí– tulos, aplicando-lhes arbitràriamente as normas de um género literário, sob o qual, niío podem ser classificados... Declarar «a priori» que estPs rPlatos não contêem histó– ria no sentido moderno da palaxra, sPria dar fàcilmente a entender que de nenhum modo a contêem; o facto é

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