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BEUJZA DA BíBLIA que muitos profetas e reis desejaram Yer o que YÓs vedes e não viram, e ouvir o que YÓs ouvis e não ouviram». (Luc., .10, .17 e ss.; Jíat., .1.1, 25). Igualmente se reY('la como poeta nos discursos di– dú<"tícos, no grupo de scntenc;:as artisticamente ordenadas, Oll(le se eneontram as diversas fórmulas de paralelismo; estes discursos rPvelam o seu génio poético através de dPlicadas e acessÍYeis romparações, de imag6ns familia- 1·es, (' também o seu profundo sentido doutrinal. Leiam-se, por exemplo, as parúbolas do semeador e da eizânia (Jíat., .13 e ss.), as comparações do filho que pede pão: «Re YÓs, pois, sendo maus, sabeis dar boas dúdivas aos ,·ossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, darú hens aos que Lhos pedirem~ (Mat., 7, .1.1). Jesus sabia tirar uma luminosa moralidade até de uma eir– cunstfmcia insignifieante e trivial. I<Jxaminem-se as belís– simas parúbolas das dez Yirgens, cinro delas prudentes e c•inco n(>scias (Mat., 25), e a dos talentos (Mat., 25, .14). Estas parúholas eatívam e deslumbram eomo uín artifício dramútieo, pelo ereseente interesse em que se mantém o monólogo e o diúlogo. Leiam-sn as cenas ternas, cheias de sua-ve delicadeza, do filho pródigo e do bom samaritano; nenhuma litera– tura interpretou com mais simplicidade e acuidade psi– <·ológiea a <1esgrac:a de um joYem orgulhoso e da miseri– eórdia d<, um pai cheio de bondade (Luc., 15-1.1 e ss.). A C<'lHt elo bom samaritano arranea-nos sentimentos de eompaixão e é um acabado modelo de instrução religiosa. (Luc., .10, SO). As parábolas, m(•smo prescindindo do seu sublime eonkúdo, testemunham a presr>nça de um autêntieo ta– lento de poda e de narrador. Por isso, o Evangelho en– tusiasina e subjuga.

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