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l:lS A 1rnI\SAGE11 DA BlBLIA Judeia, recitando e propagando pelo i:J:~undo o seu poema, com tanta conviceão e entusiasmo, que se deixavam cru– cificar ou despedaçar pelas feras, antes que desmentir uma só palana que fosse. Os poemas religiosos apaga– ram-se então senão da memória, ao menos da consciência dos homens, 'como as estrelas, anunciadoras da noite, de– saparecem ao primeiro raio de sol». Poesia dos Evangelhos Os quatro Evangelhos foram escritos em prosa, mas estão animados de um doce e recatado hálito de poesia. Como nos livros históricos do Antigo 'l'estamento, também aqui encontramos excerptos do mais puro lirismo. Tais são, por exemplo, o cântico do "!rlagnificat da Santíssima Virgem (Luc., 1, 46) : «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador, porque lançou os olhos para a baixeza da Sua serva; por isso, todas as gerações me chamarão bem-aventurada. Porque fez em mim grandes coisas Aquele que é poderoso e cujo nome é santo». Da mesma forma os hinos Benedictus de Zacarias (Luc., 1, 68) e Niinc Dimittis de Simeão (Luc., 2, 29). Os autores propõem-se esta pergunta: Jesus foi um verdadeiro poeta7 Não o foi, respondem, no sentido de que todas e cada uma das suas palavras sejam obras poéticas. l\Ias, tal como aparece pela comparação dos diversos Evangelhos, temos de concluir que Jesus foi um verdadeiro poeta. Para alguém se certificar, basta ler o hino de acção de graças, quando os discípulos missionários regressaram do seu apostolado : «E os setenta e dois vol– taram alegres, dizendo: Senhor, até 'os demónios se nos submete1n em virtude do teu nome... ». Cheio de alegria no Espírito Santo, Jesus disse: «Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos prudentes e as revelaste aos pequeni– nos... ». E virando-se para os discípulos disse: «Ditosos os olhos que vêem o que vós vedes. Porque eu vos afirmo

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