BCCCAP00000000000000000000426

13G A 1IENSAGRM DA BíBLI.A. seus pensamentos» (19, 2-3). E que dizer da sublimidade com que são descritas as perfeições de Deus nos Salmos? Nenhuma cidade do mundo foi tão amada, cantada, glorificada e chorada como Jerusalém e o seu templo, nos salmos religiosos, triunfais e proféticos. Nenhuma literatura exprime, em obras literárias, sentimentos de confusão, arrependimento e confiança, como os que são ( 1 xpressados no Miserere e no De profumdis: «Tem pi~– dade de mim, ó Deus, segundo a tua grande misericórdia. Segundo a multidão das tuas clemências, apaga a minha iniquidade. Lava-ine inteiramente da minha culpa e puri– fica-me do meu pecado. Porque eu reconheço a minha maldade e o meu pecado está sempre diante de mim... Olha que nasci na culpa e minha mãe concebeu-me no pecado ... Asperge-me com o hissope e serei purificado; lava-me e me tornarPi mais branco que a neve... Senhor, abre os meus lábios e a minha boca anunciará os teus louvores» (Salmo 50). Seria um nunea ín,ais terminar, se nos puséssemos a citar passagens de um lirismo esteticamente alambicado e profundamente humano. Os que gostam de emoções estéticas leiam o Livro dos ,Salmos, e os que buscam um perene manancial de sentimentos que os elevem até Deus, procurem familiarizar-se diàr.iamente com as ideias deste livro soqre-humano. Os Evangelhos «Depois de ter lido muitos livros - confessa M. La– boylaye - penso no F'austo e nesta ciência que, ensinan– do-nos que não podemos saber nada, nos tira toda a crença, toda a alegria, todo o amor. Cansado e abatido, como um homem acabrunhado por um pesadelo, abro () Evangelho : parece-me que saio do império das sombras para entrar no reino da luz e da verdade. Esta linguagem familiar que entusiasma a minha infância, emociona-me com a sua profundidade; vejo e sinto uma ciência que avantaja todas as concepções humanas. Depois de deza-

RkJQdWJsaXNoZXIy NDA3MTIz