BCCCAP00000000000000000000426

BBLEZA DA BíBLIA 125 forma, cotn os cânticos siríacos r babilónicos, com os cân– ticos religiosos dos egípcim,, conservados em papiros, marcos e monólitos, com os Yedas da literatura sânscrita. A superioridade dos Salmos hebraieos assenta no facto de Deus permanecer sempre como termo absoluto de contem– plação e meditação. O mfrverso todo graYita em torno de Deus, que domina o mundo (' a Quem, na Sua qualidade de Deus todo poderoso, apenas Lhe basta estender a mão para salYar os Seus das forças cósmicas divinizadas pelos pagãos. O valor estético dos Salmos é ínuito difícil de preci– sar, por se tratar de uma colecção tão extem;a de cânticos, escritos por diferentes autores e em épocas diversas. Ao lado de pérolas inestimáveis e geniais, eneontram-se com– posições medíoeres de joYens levitas, despidas de inven– ção e elegância. Deparamos tamb6m com grande diversi– dade de géneros literários na composição. Uns são jubilo– sos e triunfais, recitados ao mesmo tempo que o fumo dos sacrifícios subia até ao efo; lamentações tristes, súplicas comovedoras, acções de graças, repassadas de alegria, salmos didácticos cheios de sabedoria prática, cantos proféticos sobre o Messias e Seu povo, delicados poe~as sobre a natureza, encantadores idílios. Os Salmos reflectem todos os sentimentos humanos e religiosos Todos os sentimentos humanos e religiosos da alma se manifestam nestes versos que, às vezes, vão até ao ditirambo, mas que, habitualmente, deslizam com uma contínua e calma tranquilidade. Nada há tão belo em poesia como 'os salmos messiânicos: «Porque razão se amotinam as nações, e os povos maquinam planos vãos? ... Aquele que habita nos céus ri-se, o Senhor zomba deles» (2, 1). Nada há tão grandioso, tão poBcromamente mati– zado, como os quadros da criação: «Os céus cantam a glória de Deus e o firmamento anuncia a Obra das suas mãos. O dia fala ao dia, e a noite comunica à noite os

RkJQdWJsaXNoZXIy NDA3MTIz