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BELEZA DA BíBLIA 123 raiz envelhecer na terra e morrer o seu tronco 110 pó, ao cheiro da água reverdecerá e fará copa, como no prin– cípio, quando foi plantada. Porém. o homem, quando morrer, jamais se levantará» (14, 7-10). Na passagem que a seguir transcreYein,os, o Yelho patriarca apresenta-nos a Deus modelando o homem como um oleiro : «As Tuas mãos fizeram-me e formarain,-me, e assim, de repente, me aniquilas1 Lembra-Te de que me formaste como barro; e Yais-me a reduzir a pó? Não me in,ungiste como o leite 0 coalhaste como o queijo? De pele e de carne me revestiste; de ossos e de nervos me organizaste» (10, 9-11). O livro de Job propõe um dos probler,;tas mais cru– ciantes da humanidade: o sofrimento do justo. Porque padecem os justos, e os ímpios e os malvados triunfam 0 gozam alegremente a vida? O diálogo desenrola-se entre J ob e os seus três amigos; no decorrer deste diálogo 0nunciam-se os diversos pontos de vista sobre o problema, até que a intervenção de Deus concilia todas as discus– sões: se o homem não conheee as maravilhas da natureza, muito menos poderá prescrutar os inacessfreis desígnios de Deus. O homem deve submeter-se à Providência de Deus e adorar a divina sabedoria, mesmo que a sua razão limitada e falível a não compreenda ... Quaisquer que se– jam as aparências, Deus é sempre justo. Estas magníficas ideias são expostas numa linguag0m de inrxcedível beleza. O Livro dos Salmos O Livro dos Salmos, as Lanwntações e o Cântico dos Cânticos são livros intPiramente líricos. Na sua forma aetual, o livro dos Salmos é uma eoleeção de eânticos litúrgieos e sagrados dos hebreus. Bstes cântieos eram parcialmente executados e cantados Pm <'oro, ao som de instrumentos de eorda, de flautas P de bailes sagrados. Os assistPntes tomavam parte mediante fórmulas e res– postaH determinadas, ddinidas. No salmo 136, de acção de graças, o povo repete constantemente o mesmo estri-