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122 A I\IENSAGBM DA BíBLIA a fome de uma cidade, rhegando ao ponto de afirmar que as mães devoram a carne dos filhos que amamentam. O livro de Job Na literatura de Israel, este livro emparceira com o de Isaías e o Livro dos Salmos, pelo seu valor estético e doutrinal, e, na literatura mundial, é comparado à Ilíada ele Homero, à Divina Com.édia, de Dante e ao Pausto de Goethe, superando até estas obras em alguns aspeetos. Um escritor moderno, eminente especia– lista em literatura oriental, pondera deste modo a beleza do livro de Job: «O colorido e a força da visã:O poética, a riqueza das im,agens, a profundidade inexgotável do pensamento, a penetração e observação psicológicas, a pintura matizada da natureza e do homem, a extraordi– nária facilidade de rcyestir 'o mesmo sujeito de uma roupagem sempre nova, a arte de mudar o tom dos dis– cursos, segundo a variedade de sentimentos; a inimitá– vel aptidão para expressar a tristeza, o choro, a cólera, a paixão, o desprezo, a amargura, o desejo, a esperança; enfim, o perfeito domínio da língua, a beleza, o peso e densidade de expressão, tudo faz com que o autor seja colocado na categoria dos grandes mestres de todos os tempos». Job des('reYeu coüi,o ninguém, rom uma delicadeza e elegância incomparáYeis, a caducidade e a fragilidade do homem: «O honwm. nascido de mulher, vive pouco tempo e coberto de misérias; como uma flor nasce e é cortada, foge como a sombra e não subsiste». (14, 1-2). «Os dias do homem são breYPs, em teu poder está o nú– mero dos seus meses; tu lhe fixaste os limites que não podem ser ultrapassados... » (H, 5-6). E, eotn uma belíssima imagem no meio da sua sim– plicidade, Job eontinua a narrar a m'Orte do homem como termo fatal imposto por Deus à existêneia humana: «Por– que ainda uma árYOl'(' tem esperan~a; se for cortada torna a rPverckPcr, e brotam os seus ramos. Se a sua

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